José Manuel Vaz Velho Barbosa Marques

José Manuel Vaz Velho Barbosa Marques

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Professor Associado com Agregação no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. As suas principais áreas de investigação científica são a Hidrogeologia, Interacção água-rocha, Geoquímica de Geofluidos e Hidrologia Isotópica. Participou em vários Projetos de I&D Nacionais e Internacionais. É autor e co-autor de vários artigos científicos em Capítulos de Livros e Revistas Nacionais e Internacionais da especialidade.

Interesses científicos

Área de Especialização (FOS)

Ciências da Terra e Ciências do Ambiente

Perfis externos

Produção científica

Biografia

Conheça este autor através da sua biografia.

Biografia completa

No Ensino Superior frequentou o Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, obtendo a Licenciatura em Engenharia de Minas / Ramo de Geologia Aplicada, em 1989, com a média final de 14 valores. No Instituto Superior Técnico prestou Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, na Área de Engenharia de Minas, em 20/07/93, tendo sido aprovado com a classificação de Muito Bom. Estas Provas consistiram na apresentação de um esquema de uma aula sob o tema "Jazigos geotérmicos. Tipos e metodologia de investigação" e de um trabalho de síntese escrito, subordinado ao tema "As águas termais e minerais de Chaves, Vilarelho da Raia, Vidago e Pedras Salgadas. Uma perspectiva global; aplicação geotérmica". No Instituto Superior Técnico prestou Provas de Doutoramento em Engenharia de Minas em 19/07/99, tendo sido aprovado mediante a defesa da Tese “Geoquímica dos fluidos e da interacção água-rocha: os casos das águas mineralizadas quentes e frias de Chaves, Vilarelho da Raia, Vidago e Pedras Salgadas”. No Instituto Superior Técnico prestou Provas de Agregação em Georrecursos, nos dias 18 e 19 de Maio de 2010, no âmbito da Unidade Curricular “Recursos Hidrominerais e Geotérmicos”, tendo apresentado a Lição de Síntese sob o tema “A Hidrologia Isotópica vs. Avaliação de Recursos Hidrominerais e Geotérmicos”. Foi aprovado por unanimidade. A sua actividade de investigação tem vindo a ser orientada fundamentalmente para o desenvolvimento de uma linha de I&D associada à interpretação das assinaturas hidrogeoquímicas e isotópicas de águas subterrâneas, ferramentas indispensáveis para a obtenção de informação fundamental sobre a “história” das águas subterrâneas, incluindo a sua origem, fluxo subterrâneo e interacção água-rocha, base para a elaboração de modelos hidrogeológicos conceptuais robustos. No domínio das águas subterrâneas, tem vindo a dar especial ênfase ao estudo das águas minerais e termais “o parente mais nobre das águas subterrâneas de determinada região” e aos fluidos geotérmicos de baixa temperatura. No decorrer da sua actividade de I&D, tem vindo a contribuir para o desenvolvimento de abordagens multidisciplinares, tendo em vista a formulação modelos hidrogeológicos conceptuais robustos para cada caso de estudo. A divulgação dos resultados dos estudos realizados tem vindo a ser efectuada mediante a publicação, como autor e co-autor, de Livros, Capítulos de Livros, artigos em revistas científicas da especialidade (Internacionais e Nacionais) e Proceedings de Congressos Internacionais e Nacionais. Em 1995 tem início a sua colaboração com o Dr. Ph.D Hans Eggenkamp (da Universidade de Utrech, Departamento de Geoquímica, Holanda) especialista de reputação internacional na geoquímica isotópica do Cl. No âmbito do Projecto HIMOCATCH “Role of high mountain areas in catchment water resources – Northern/Central Portugal” cujo período de execução decorreu entre 2005-2008 (tendo sido Investigador Responsável deste Projecto), contribuiu para o desenvolvimento de investigação ligada a um dos temas cruciais de investigação para o novo milénio "Hidrologia das Áreas Montanhosas / UNESCO-Plano Hidrológico Internacional". No âmbito do Joint Research Project Tunisia-Portugal (contrato Nº: Proc. 4.1.5 Tunísia), sob o tema “Groundwater Resources Assessment and Evaluation of Marine Intrusion in the Cap Bon Area, Northern Tunisia, using geochemical and isotope techniques”, contribuiu para aumentar o conhecimento sobre o sistema aquífero costeiro de Oued Laya, uma zona húmida costeira salina localizada junto ao Mar Mediterrâneo, no Sahel, perto da cidade de Sousse (Tunísia Oriental). Esteve fortemente empenhado no desenvolvimento de uma linha de I&D sobre a utilização de técnicas isotópicas (valores δ34S) em estudos hidrogeológicos, em estreita ligação com o Instituto Tecnológico e Nuclear (CTN / IST) e com a Calgary University/ Faculty of Sciences / Applied Geochemistry Group, Canadá, através do Dr. PhD. Bernhard Mayer. A partir de 2001, e através do desenvolvimento da Consultoria TERMAVIDE volta-se para a hidrogeologia e interacção água-rocha associada a rochas máficas e ultramáficas da região de Cabeço de Vide, responsáveis pelo desenvolvimento de águas minerais hiperalcalinas (pH > 11.5), ponto de partida para, a convide do Dr. Ph.D Steve Vance (astrobiólogo da NASA - Jet Propulsion Laboratory – JPL - Caltech / Pasadena / Califórnia, EUA) aceitar a colaboração com a NASA (iniciada em 2011) sobre o estudo comparativo entre as águas minerais de Cabeço de Vide e águas minerais de The Cedars (EUA), dado estarem inseridas em ambientes hidrogeológicos (águas hiperalcalinas e rochas ultramáficas) semelhantes. O enfoque da NASA neste tipo de estudos prende-se com o facto de os microrganismos que prosperam em ambientes tão adversos poderem estar relacionados com a origem da vida na Terra e noutros planetas, como é o caso de Marte. Como resultado desta colaboração surge o Projecto PTDC/AAG-MAA/2891/2012 ORVITER - “The Cabeço de Vide mineral waters (Central Portugal): a natural analogue to increase understanding of the origin of life on Earth and possibly elsewhere”, do qual foi o Investigador Principal. Estabeleceu colaboração com o Dr. Ph.D Giuseppe Etiope, do Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia, Sezione Roma 2, Itália, no sentido de desenvolver a temática sobre a origem do metano (CH4) associado a formações geológicas ultramáficas (em zonas não ofiolíticas), onde é provável que o CH4 seja produzido após serpentinização dos peridotitos por hidrogenação do CO2.