Sustainable urban development and mega-events: the effects of Olympic Agenda 2020 on Olympic Games planning

09/10/2025

Evoluindo de uma mera competição desportiva para um catalisador de desenvolvimento, os Jogos Olímpicos transformaram significativamente as cidades anfitriãs. Governos aproveitaram os Jogos para desenvolver legados, promover a regeneração urbana e posicionar as cidades como centros económicos e sociais globais. Contudo, alinhar as exigências do evento com os objetivos de planeamento urbano apresenta desafios. Enquanto edições como Barcelona 1992 mostraram o potencial transformador dos Jogos, outras, como Atenas 2004, revelaram as suas complexidades. Além disso, organizar os Jogos tornou-se cada vez mais dispendioso, apresentando riscos económicos, sociais e ambientais que, se não forem devidamente geridos, podem comprometer o desenvolvimento sustentável. O crescente escrutínio público sobre estas questões intensificou a oposição ao evento, reduzindo a atratividade dos Jogos e o número de cidades candidatas. Em resposta, o Comité Olímpico Internacional lançou, em 2014, a Agenda Olímpica 2020, prometendo uma mudança radical na forma como os Jogos são planeados, com o objetivo de melhorar a sustentabilidade, a credibilidade e a atratividade para os jovens e visando alinhar o evento às expectativas sociais. Partindo do pressuposto de que as medidas urbanas da Agenda, embora inovadoras, enfrentam desafios práticos, esta tese analisa criticamente a sua implementação. O objetivo é enquadrar a preparação de Paris 2024 e Milan-Cortina 2026 no contexto dos objetivos urbanos da Agenda, identificando ineficiências e propondo novas abordagens para as resolver. Os resultados revelam lacunas persistentes entre as ambições globais da Agenda e os seus efeitos práticos contextualizados, evidenciando dinâmicas estruturais no modelo dos Jogos Olímpicos e nos sistemas urbanos das cidades anfitriãs que dificultam o planeamento e a execução. Ao identificar fragilidades e propor medidas de mitigação, esta tese contribui para o debate sobre megaeventos, oferecendo uma abordagem resiliente para o planeamento urbano Olímpico e promovendo esforços para alinhar os Jogos tanto às necessidades das cidades, como à sustentabilidade urbana. Evolving from a mere sports competition to a perceived catalyst for development, the Olympic Games have significantly shaped host cities. Governments have leveraged the Games to create legacies for their territories, accelerating urban transformation to position cities as global economic and social hubs. However, aligning the event's demands with urban planning goals presents challenges. While editions like Barcelona 1992 demonstrated the Games’ transformative potential, others, like Athens 2004, highlighted the complexities involved. Moreover, hosting the event has become increasingly expensive, posing economic, social, and environmental risks that can undermine sustainable development if not properly managed. Growing public scrutiny of these issues has recently intensified opposition to the event, reducing the appeal of hosting and leading to numerous bid withdrawals. In response, the International Olympic Committee introduced the Olympic Agenda 2020 in 2014, promising a radical shift in how the Games are planned and organised to enhance the event’s sustainability, credibility, and youth appeal while aligning them with societal expectations. Assuming that the Agenda’s urban-related measures, while innovative, face practical challenges, this thesis critically examines their implementation. The objective was to frame the preparations for the first Summer and Winter Olympics fully benefiting from them – Paris 2024 and MilanCortina 2026 – within the context of the Agenda’s urban goals, identify inefficiencies in implementation, and propose new approaches to address them. The findings reveal persistent gaps between the Agenda’s global ambitions and practical, contextualised outcomes, highlighting structural dynamics in both the Olympic Games model and host cities' systems that complicate planning and delivery. By identifying areas where the Agenda has fallen short and proposing mitigation measures, this thesis contributes to the broader discourse on mega-events by offering a nuanced and resilient approach to Olympic urban planning, advancing efforts to align the Games with host cities' needs and enhance urban sustainability for future editions.

Authors in the community:

• 

  G

  Gustavo Lopes dos Santos

  ist167403

  Affiliations and sources

  IST > DECivil > CiTUA

  Centro para a Investigação em Território, Urbanismo e Arquitetura

Supervisors of this institution:

• 

  M

  Maria Beatriz Marques Condessa

  ist14387

101623216

Doutoramento em Engenharia do Território

civil-engineering - Civil engineering

Keywords

• mega-event planning
• Paris 2024
• Milan-Cortina 2026
• Olympic Games public opposition
• urban and spatial planning
• planeamento de megaeventos
• oposição pública aos Jogos Olímpicos
• planeamento urbano e do território

eng - English

Instituto Superior Técnico

Financing entity

Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Identifier for the funding entity: https://doi.org/10.13039/501100001871

Type of identifier of the funding entity: Crossref Funder

Number for the project, award or grant: SFRH/BD/146177/2019